Revendo o capítulo
1.
Não somos indiferentes aos valores: eles nos afetam,
agem sobre nós e eles reagimos, aprovando-os ou recusando-os. Assim, julgamos o
belo e o feio, o agradável ou o repulsivo, os bons e os maus. Etc.
2.
O animal está submetido às leis da natureza, não
escolhe, age conforme o instinto, por defesa ou por medo. O ser humano por ter
a linguagem simbólica, criou uma cultura por regras, portanto com interdições.
Por ser livre, consegue muda-las com o tempo e transgredi-las, criando a
distinção entre o moral e o imoral.
3.
A aceitação livre das normas não significa agir ao
bel-prazer, como se não houvesse as regras que cada ser moral se impõe. Entre
essas normas, estão aquelas que se aceitaram da cultura para continuar
respeitando-as. O que não significa que elas sejam eternas e universais. Não se
trata de relativismo porque a mudança não depende de um só, mas da discussão
aberta entre os que fazem parte da cultura, até porque as mudanças ocorrem conforme
a sociedade sofre transformações significativas do ponto de vista das técnicas
e do trabalho.
4.
Os polos opostos do dever e da liberdade são inerentes
à ação moral, porque a decisão consciente e livre cria a responsabilidade, ou
seja, o indivíduo deve “responder” por seus atos e pelas consequências deles
para si mesmo e para os outros. A responsabilidade é fruto da autonomia e do
respeito pelos outros.
Aplicando conceitos
5.
A máfia é uma organização criminosa que manipula o
poder e a comunidade, onde protege alguns e persegue outros, realiza atos
ilícitos como contrabando e tráfico de drogas; a KKK é racista, nos Estados
Unidos matou, torturou e perseguiu os
negros; o nazismo é racista, atuou contra judeus, ciganos e homossexuais e hoje
persegue os imigrantes. Além dos crimes que praticam, estas instituições
contrariam o fundamento da moral que se baseia no respeito à dignidade alheia e
não respeitam as diferenças. No entanto, o nazismo conta na Alemanha com o
Partido Nacional Democrático (NPD), que expõe suas ideias ultradireitista.
Embora tenha havido tentativa de coloca-lo na ilegalidade, permanece ativo. A
questão não são as ideias, mas, o incitamento a violência, quando não a atuação
de fato. Esse é o limite da liberdade.
6.
Nas ditaduras a arte tem sido censurada. No entanto,
como expressão da cultura, não há censor que possa dizer o que é imoral, cabe a
cada um se retirar caso se sinta ofendido com determinado filme obsceno ou
sacrílego e até sugerir que outros não o vejam, mas, não proibi-lo, o que é muito
diferente da ilegalidade de organizações como a KKK e a Máfia que corrompem e
assassinam.
7.
Resposta pessoal.
Pode-se discutir o poder de matar de que se investe o Estado, quando legaliza a
pena de morte, questionando se não seria igualar ao criminoso usar o método
dele. Quanto ao poema, percebe-se que Timoty McVeigh tinha consciência de sua
ação, portanto era livre sua escolha. O que não significa que seu ato deixasse
de ser imoral: mesmo que tivesse motivos políticos para o atentado, isto
justificaria matar inocentes?
8.
O desejo surge no nível dos afetos: por afetados por eles, não podemos deixar de
senti-los. Por isso a raiva não diz respeito ao bem e ao mal. Essa avaliação só
serve para o ato que realiza ou não o desejo, após a avaliação moral.
9. Aplicando
a figura da bússola e da balança, é provável que o diretor do Museu soubesse
que uma vida vale mais do que um quadro. Mas na balança, devido ao seu amor
pelas artes, aliado talvez a um desprezo pelo funcionário, por ser pobre e
pouco instruído, tivesse o ímpeto de salvar a obra valiosa de 500 anos. Cabe à
consciência dele decidir entre os interesses pessoais e o valor da vida humana.
A segunda parte da resposta é pessoal e
você deve justificar sua resposta.
10. a)
O respeito é uma condição moral pela qual aceitamos qualquer pessoa na sua
dignidade, na sua liberdade de pensamento e expressão, com quem podemos
dialogar. Respeitar é aceitar o outro nas suas diferenças, mesmo que não
concordemos com ele. É comum dizer que respeitar é submeter-se, temer, concepção
que resulta de uma tradição autoritária, em que se devia “respeito” a um
superior. Mas na vida moral o respeito é condição de aceitação da dignidade
humana.
b)
O presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln tornou-se famoso pelos seus
discursos em defesa da democracia. Durante seu governo enfrentou a guerra civil
e concedeu liberdade aos escravos. Foi assassinado por um ativista do Sul.
Gandhi e Luther King foram referências neste capítulo, forma pacífica de
enfrentar as leis injustas. Ambos foram assassinados.
c)
Os três personagens são educadores, porque a arte do dialogar e das relações
pacificas não é espontânea no ser humano, mas deve ser aprendida. Eles não só
discursaram sobre esses temas, mas agiram ativamente e de maneira original e
corajosa para conseguir seus propósitos.
Dissertação
11. O que vocês podem levar em conta na sua
dissertação:
Pode-se
a plicar os conceitos de condicionamento (a situação vivida pode explicar, mas
desculparia o ato imoral?). Compreender o desejo é desprezar a força de vontade?
Os interesses pessoais podem-se sobrepor ao senso de justiça? A convicção de
estar certo justifica a violência?