Na Filosofia Antiga: Pitágoras, Demócrito e Empédocles trataram da origem da linguagem entendendo que a mesma é o espelho imediato das coisas – natureza ou divindade.Demócrito foi o primeiro a propor a tese de que a linguagem humana se origina de certos sons, de caráter puramente emocional.
Os sofistas foram os primeiros a tratar os problemas linguísticos e gramaticais de maneira sistemática. Porque viam o lado pragmático da linguagem; onde entendiam Sua verdadeira função [dos nomes] não é descrever as coisas, mas despertar emoções humanas; não é transmitir simples idéias ou pensamentos, mas levar os homens a certas ações. Ou ainda, conduzir os atenienses a ascender a cargos públicos. Na vida ateniense do século V, a linguagem se tornara instrumento para propósitos práticos definidos e concretos, sendo a mais poderosa das armas nas grandes lutas políticas. Sem ela ninguém poderia esperar desempenhar um papel importante.
Para Aristóteles, a linguagem é instrumento do pensamento e tem como função representar as coisas e estas passam a existir à medida que a nomeamos. De acordo com Aristóteles, a linguagem é natural na sua função e convencional na sua origem. Ou melhor, a linguagem está presente na natureza humana no seu aspecto funcional de representar as coisas para intrumentalizar o pensamento; e no aspecto de sua origem, ela é convencional. A partir da necessidade intrínseca funcional da linguagem é que o homem inventa a mesma num contexto sócio-cultural.
Santo Agostinho estabelece inter-relação da linguagem com as coisas e com o “Verbo Divino” que é a fonte legítima da verdade.
Os escolásticos classificam a linguagem em três modos:
Linguagem literal;
Linguagem analógica;
Linguagem simbólica
Assim, os signos lingüísticos classificam-se, em naturais e artificiais. Podemos, deste modo, perceber a relação existente entre os signos naturais com a linguagem analógica e simbólica; enquanto que os signos artificiais relacionam-se com a linguagem literal.
O ser humano, à medida que foi usando toda sua competência lingüística, foi aos poucos aprimorando e recriando novas formas significativas através do meio sócio-cultural a que está inserido.
Os renascentistas deram início aos estudos filológicos e filosóficos da linguagem. Eles perceberam que a linguagem tem papéis importantíssimos na vida do ser humano. É pela linguagem que o ser humano respira, passa a existir como um ser único.
No período moderno da história do pensamento, Herder entende que a origem da linguagem é natural e Humboldt a coloca como sendo expressão de um povo. Isto é, a natureza e a expressão humana são fontes da origem da linguagem.
Na contemporaneidade, os neopositivistas e analistas da linguagem representados por Ayer, Carnap, Mac Quarrie, Russel e Witgenstein buscam no ângulo semântico da linguagem um critério geral de significação. Já, no aspecto gnosiológica, Gadamer e Ricoeur compreende a linguagem como fonte primária do conhecimento.
Para Heidegger, no contexto ontológico, o ser é revelado pela linguagem.
Os marxistas e estruturalistas, da expressão de Altusser, Derrida, Saussure, Levi-Straus e Piaget, sob a ótica do social, apontam na linguagem a estrutura que sustenta e clarifica todas as outras estruturas da sociedade.
Já os discípulos de Freud, numa abordagem psicanalítica, entendem que a linguagem como luminária dos mistérios do subconsciente.
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