segunda-feira, 30 de maio de 2011

Projeto júri simulado - uma ideia que deu certo!

 

O projeto fez parte das aulas de sociologia sob a temática geral "Problemas sociais", em parceria com outras disciplinas. Após os debates em sala de aula, um dos assuntos geradores dos debates foi sobre o auxílio reclusão, o que gerou uma inquietação nos alunos, foi sugerido a eles que escrevessem um caso por turma, seis turmas, cada uma com um caso diferente que envolvesse um problema social e culminasse com a realização de um júri simulado. 

Eles aceitaram o desafio, assistiram a julgamentos reais no Fórum de Campo Grande-MS, participaram de palestras com os acadêmicos de direito da UCDB sobre a formação e constituição de um júri (protocolo).

Eles tentaram apresentar um trabalho mais próximo do real, inclusive na construção do processo. Um dos grupos citado no anexo do projeto, elaborou para seus personagens fictícios, documentos que fizeram parte dos autos, dentro da formalidade exigida num processo real.

O Outro grupo exemplificado no anexo, detalhou com riqueza as falas de cada personagem no processo.

Este ano estamos preparando a 2º edição do júri simlado 2011, as turmas já estão agitando os preparativos do evento que ocorrerá dia 25 de agosto/2011.


Matutino e vespertino - júri simulado de 2010

1º ano A -
Primeira parte -  Composição da mesa e início dos trabalhos.
2º A - Segunda parte -  Debates
           1º A - Terceira  parte -  Continuação dos debates e leitura da sentença.
 
2º A - Terceira  parte -  Continuação dos debates.
3º ano A -
Primeira parte -Composição da mesa e inicio dos trabalhos

   
2º A - Quarta  parte -  Continuação dos debates e leitura da sentença.

3º ano A -

Segunda  parte - debates

     
1º ano C -
Primeira parte -Composição da mesa e início dos trabalhos.

3º ano A -

Terceira  parte - continuação dos debates e leitura da sentença.

     
1º C - Segunda parte -  Debates

3º ano B -

Primeira  parte - Composição da mesa e inicio dos trabalhos.

     
1º C - Terceira  parte -  Continuação dos debates e leitura da sentença.

3º ano B -

Segunda  parte - Debates.


2º ano B -
Composição da mesa debates e leitura da sentença.

3º ano B -

Terceira  parte - Continuação dos debates e leitura da sentença.

     
           Agradecimentos
Agradecemos a todos os professores, direção e coordenação que direta ou indiretamente colaboraram com a realização desse projeto, seja por acompanhar os alunos nas visitas ao fórum ou por ceder suas aulas para os ensaios e palestras.
GALERIA DE FOTOS





Juri Simulado Projeto Vanja






O uso de blogs na educação.

O uso dos blogs na educação deixou de ser uma ação isolada (aquela que acontece somente na sala de tecnologia), passando a compor um cenário mais cotidiano nas atividades dos alunos.
Muito mais que uma simples ferramenta, o uso dos blogs vem sendo discutido nas comunidades acadêmicas.



Professores aprovaram a ideia de se utilizar os blogs com seus alunos, vejam alguns exemplos.

E os alunos corresponderam com bons resultados.

Pedro Demo fala sobre Educação pela pesquisa.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Apresentação da Ravane - Aula-seminário

   

 Acesse o link das turmas de 2008.

FILOSOFIA - 2º BIMESTRE - 2º ANO - LINGUAGEM -

Na Filosofia Antiga: Pitágoras, Demócrito e Empédocles trataram da origem da linguagem entendendo que a mesma é o espelho imediato das coisas – natureza ou divindade.Demócrito foi o primeiro a propor a tese de que a linguagem humana se origina de certos sons, de caráter puramente emocional.
Os sofistas foram os primeiros a tratar os problemas linguísticos e gramaticais de maneira sistemática. Porque viam o lado pragmático da linguagem; onde entendiam Sua verdadeira função [dos nomes] não é descrever as coisas, mas despertar emoções humanas; não é transmitir simples idéias ou pensamentos, mas levar os homens a certas ações. Ou ainda, conduzir os atenienses a ascender a cargos públicos. Na vida ateniense do século V, a linguagem se tornara instrumento para propósitos práticos definidos e concretos, sendo a mais poderosa das armas nas grandes lutas políticas. Sem ela ninguém poderia esperar desempenhar um papel importante.

Para Aristóteles, a linguagem é instrumento do pensamento e tem como função representar as coisas e estas passam a existir à medida que a nomeamos. De acordo com Aristóteles, a linguagem é natural na sua função e convencional na sua origem. Ou melhor, a linguagem está presente na natureza humana no seu aspecto funcional de representar as coisas para intrumentalizar o pensamento; e no aspecto de sua origem, ela é convencional. A partir da necessidade intrínseca funcional da linguagem é que o homem inventa a mesma num contexto sócio-cultural.

Santo Agostinho estabelece inter-relação da linguagem com as coisas e com o “Verbo Divino” que é a fonte legítima da verdade.
Os escolásticos classificam a linguagem em três modos:

Linguagem literal;
Linguagem analógica;
Linguagem simbólica
Assim, os signos lingüísticos classificam-se, em naturais e artificiais. Podemos, deste modo, perceber a relação existente entre os signos naturais com a linguagem analógica e simbólica; enquanto que os signos artificiais relacionam-se com a linguagem literal.
O ser humano, à medida que foi usando toda sua competência lingüística, foi aos poucos aprimorando e recriando novas formas significativas através do meio sócio-cultural a que está inserido.
Os renascentistas deram início aos estudos filológicos e filosóficos da linguagem. Eles perceberam que a linguagem tem papéis importantíssimos na vida do ser humano. É pela linguagem que o ser humano respira, passa a existir como um ser único.
No período moderno da história do pensamento, Herder entende que a origem da linguagem é natural e Humboldt a coloca como sendo expressão de um povo. Isto é, a natureza e a expressão humana são fontes da origem da linguagem.
Na contemporaneidade, os neopositivistas e analistas da linguagem representados por Ayer, Carnap, Mac Quarrie, Russel e Witgenstein buscam no ângulo semântico da linguagem um critério geral de significação. Já, no aspecto gnosiológica, Gadamer e Ricoeur compreende a linguagem como fonte primária do conhecimento.
Para Heidegger, no contexto ontológico, o ser é revelado pela linguagem.

Os marxistas e estruturalistas, da expressão de Altusser, Derrida, Saussure, Levi-Straus e Piaget, sob a ótica do social, apontam na linguagem a estrutura que sustenta e clarifica todas as outras estruturas da sociedade.
Já os discípulos de Freud, numa abordagem psicanalítica, entendem que a linguagem como luminária dos mistérios do subconsciente.

Fonte

Pré-Socráticos - FILOSOFIA - 2º ANO - 2º Bimestre -

Pré-Socráticos
Os filósofos pré-socráticos são como sugere o nome, filósofos anteriores a Sócrates. Essa divisão propriamente, se dá mais devido ao objeto de sua filosofia, em relação à novidade introduzida por Platão, do que à cronologia - visto que, temporalmente, alguns dos ditos pré-socráticos são contemporâneos a Sócrates, ou mesmo posteriores a ele (como no caso de alguns sofistas).
Primeiramente, os pré-socráticos, também chamados naturalistas ou filósofos da physis (natureza - entendendo-se este termo não em seu sentido corriqueiro, mas como realidade primeira, originária e fundamental¹, ou o que é primário, fundamental e persistente, em oposição ao que é secundário, derivado e transitório²), tinham como escopo especulativo o problema cosmológico, ou cosmo-ontológico, e buscavam o princípio (ou arché) das coisas.
Posteriormente, com a questão do princípio fundamental único entrando em crise, surge a sofística, e o foco muda do cosmo para o homem e o problema moral.
Os principais filósofos pré-socráticos (e suas escolas) foram:

Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaximenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;

Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;

Escola Eleata: Xenófanes, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melisso de Samos.

Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

Atribui-se a Tales a afirmação de que "todas as coisas estão cheias de deuses", o que talvez pode ser associado à ideia de que o imã tem vida, porque move o ferro. Essa afirmação representa não um retorno a concepções míticas, mas simplesmente a ideia de que o universo é dotado de animação, de que a matéria é viva (hilozoísmo). Além disso, elaborou uma teoria para explicar as inundações no Nilo, e atribui-se a Tales a solução de diversos problemas geométricos (exemplo: teorema de Pitágoras). Tales viajou por várias regiões, inclusive o Egito, onde, segundo consta, calculou a altura de uma pirâmide a partir da proporção entre sua própria altura e o comprimento de sua sombra: essa proporção é a mesma que existe entre a altura da pirâmide e o comprimento da sombra desta. Esse cálculo exprime o que, na geometria, até hoje se conhece como teorema de Tales.
Tales foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por trás de si um princípio físico, material, chamado arché. Para Tales, o arché seria a água. Tales observou que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a natureza é úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva, e concluiu que o princípio de tudo era a água. Com essa afirmação deduz-se que a existência singular não possui autonomia alguma, apenas algo acidental, uma modificação. A existência singular é passageira, modifica-se. A água é um momento no todo em geral, um elemento. Tales com essa afirmação queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas. Algo que fosse o princípio unificador de todos os seres.
Principais fragmentos:
“...a Água é o princípio de todas as coisas...”
“... todas as coisas estão cheias de deuses...”.
“... a pedra magnética possui um poder porque move o ferro..."

Anaximandro viveu em Mileto no século VI a.C.. Foi discípulo e sucessor de Tales. Anaximandro achava que nosso mundo seria apenas um entre uma infinidade de mundos que evoluiriam e se dissolveriam em algo que ele chamou de ilimitado ou infinito. Não é fácil explicar o que ele queria dizer com isso, mas parece claro que Anaximandro não estava pensando em uma substância conhecida, tal como Tales concebeu. Talvez tenha querido dizer que a substância que gera todas as coisas deveria ser algo diferente das coisas criadas. Uma vez que todas as coisas criadas são limitadas, aquilo que vem antes ou depois delas teria de ser ilimitado.

É evidente que esse elemento básico não poderia ser algo tão comum como a água. Anaximandro recusa-se a ver a origem do real em um elemento particular; todas as coisas são limitadas, e o limitado não pode ser, sem injustiça, a origem das coisas. Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em conseqüência do movimento eterno. Para Anaximandro o princípio das coisas - o arché - não era algo visível; era uma substância etérea, infinita. Chamou a essa substância de apeíron (indeterminado, infinito). O apeíron seria uma “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários. Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível.
Esse filósofo foi o iniciador da astronomia grega. Foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico totalmente. De acordo com ele para que o vir-a-ser não cesse, o ser originário tem de ser indeterminado. Estando, assim, acima do vir-a-ser e garantindo, por isso, a eternidade e o curso do vir-a-ser.

O seu fragmento refere-se a uma unidade primordial, da qual nascem todas as coisas e à qual retornam todas as coisas. Anaximandro recusa-se a ver a origem do real em um elemento particular. Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em conseqüência do movimento eterno.
Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.)
O terceiro filósofo de Mileto foi Anaxímenes (c. 570—526 a.C.). Ele pensava que a origem de todas as coisas teria de ser o ar ou o vapor. Anaxímenes conhecia, claro, a teoria da água de Tales. Mas de onde vem a água? Anaxímenes acreditava que a água seria ar condensado. Acreditava também que o fogo seria ar rarefeito. De acordo com Anaxímenes, por conseguinte, o ar("pneuma") constituiria a origem da terra, da água e do fogo. Conclusão - Os três filósofos milésios acreditavam na existência de uma substância básica única, que seria a origem de todas as coisas. No entanto, isso deixava sem solução o problema da mudança. Como poderia uma substância se transformar repentinamente em outra coisa? A partir de cerca de 500 a.C., quem se interessou por essa questão foi um grupo de filósofos da colônia grega de Eléia, no sul da Itália, por isso conhecidos como eleatas.

O mais importante dos filósofos eleatas foi Parmênides (c. 530-460 a.C.). “Nada nasce do nada, e nada do que existe se transforma em nada”. Com isso quis dizer que “tudo o que existe sempre existiu”.
Sobre as transformações que se pode observar na natureza: ”Achava que não seriam mudanças reais”. De acordo com ele, nenhum objeto poderia se transformar em algo diferente do que era.
Percebia, com os sentidos, que as coisas mudam. Mas sua razão lhe dizia que é logicamente impossível que uma coisa se tornasse diferente e, apesar disso, permanecesse de algum modo a mesma. Quando se viu forçado a escolher entre confiar nos sentidos ou na razão, escolheu a razão. Essa inabalável crença na razão humana recebeu o nome de racionalismo. Um racionalista é alguém que acredita que a razão humana é a fonte primária de nosso conhecimento do mundo.

Um contemporâneo de Parmênides foi Heráclito (c. 540-476 a.C.), que era de Éfeso, na Ásia Menor. Heráclito propunha que a matéria básica do Universo seria o fogo. Pensava também que a mudança constante, ou o fluxo, seria a característica mais elementar da Natureza. Podemos talvez dizer que Heráclito acreditava mais do que Parmênides naquilo que percebia. Tudo flui, disse Heráclito. Tudo está em fluxo e movimento constante, nada permanece. Por conseguinte, “não entramos duas vezes no mesmo rio”. Quando entro no rio pela segunda vez, nem eu nem o rio somos os mesmos.
Problema: Parmênides e Heráclito defendiam dois pontos principais diametralmente
opostos. Parmênides dizia: nada muda, não se deve confiar em nossas percepções sensoriais. Heráclito, por outro lado, dizia: tudo muda (“todas as coisas fluem”), podemos confiar em nossas percepções sensoriais. Quem estava certo? Coube ao siciliano Empédocles (c. 490-430 a.C.) indicar a saída do labirinto.Como estudioso da physis, Heráclito acreditava que o fogo era a origem das coisas naturais.

1. A água não poderia, evidentemente, transformar um peixe em uma borboleta. Com efeito, a água não pode mudar. Água pura irá continuar sendo água pura. Por isso, Parmênides estava certo ao sustentar que “nada muda”.

2. Mas, ao mesmo tempo, Heráclito também estava certo em achar que devemos confiar em nossos sentidos. Devemos acreditar naquilo o que precisava ser rejeitado era a idéia de uma substância básica única. Nem a água nem o ar sozinhos podem se transformar em uma roseira ou uma borboleta. Não é possível que a fonte da Natureza seja um único “elemento”. Empédocles acreditava que a Natureza consistiria em quatro elementos, ou “raízes”, como os denominou. Essas quatro raízes seriam a terra, o ar, o fogo e a água.

A - Como ou por que acontecem as transformações que observamos na natureza.

1. todas as coisas seriam misturas de terra, ar, fogo e água, mas em proporções variadas. Assim as diferentes coisas que existem seriam os processos naturais gerados pela aproximação e à separação desses quatro elementos.

2. Quando uma flor ou um animal morrem, disse Empédocles, os quatro elementos voltam a se separar. Podemos registrar essas mudanças a olho nu. Mas a terra e o ar, o fogo e a água permaneceriam eternos, “intocados” por todos os componentes dos quais fazem parte. Dessa maneira, não é correto dizer que “tudo” muda.

3. Basicamente, nada mudaria. O que ocorre é que os quatro elementos se combinariam e se separariam - para se combinarem de novo, em um ciclo. B - O que faria esses elementos se combinarem de tal modo que fizessem surgir uma nova vida? E o que faria a “mistura”, digamos, de uma flor se dissolver de novo? Empédocles pensava que haveria duas forças diferentes atuando na Natureza. Ele as chamou de amor e discórdia. Amor uniria as coisas, a
Curiosamente, os quatro elementos correspondem, um a um, aos quatro estados da natureza: terra (sólido), água (líquido), ar (gasoso) e fogo (plasma).
Teoria Atômica, as transformações que se pode observar na natureza não significavam que algo realmente se transformava. Ele acreditava que todas as coisas eram formadas por uma infinidade de "pedrinhas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna, imutável e indivisível". A estas unidades mínimas deu o nome de ÁTOMOS. Átomo significa indivisível, cada coisa que existe é formada por uma infinidade dessas unidades indivisíveis. "Isto porque se os átomos também fossem passíveis de desintegração e pudessem ser divididas em unidades ainda menores, a natureza acabaria por diluir-se totalmente". Exemplo: se um corpo – de uma árvore ou animal, morre e se decompõe, seus átomos se espalham e podem ser reaproveitados para dar origem a outros corpos.

Originário da Jônia, viveu no sul da Itália. Precursor do pensamento dos Eleatas. Para ele a Physis era a terra. Escreveu em estilo poético. Defendeu a idéia de um Deus único. Tinha influência Pitagórica.

Xenófanes, de Colofão -(século IV a. C) atribui-se a ele a fundação da escola de Eléia. Levou vida errante, passando parte dela na Sicília, tendo fugido de sua terra natal por causa da invasão dos medas. Alguns duvidam de sua ligação com Eléia. Em seus fragmentos defendeu um deus único, supremo, que não tinha a forma de homem. Realçou isso afirmando que os homens atribuem aos deuses características semelhantes a eles mesmos, que mudam de acordo com o povo. Se os animais tivessem mãos para realizarem obras, colocariam nos deuses suas características. Restaram de suas obras alguns fragmentos, sendo que uns satíricos. Foi contra a grande influência de Hesíodo e Homero (historiador e escritor gregos). Zombou dos atletas, preferindo a sua sabedoria aos feitos atléticos, que não enchiam celeiros. O deus segundo Xenófanes está implantado em todas as coisas, o todo é um, e é supra-sensível, imutável, sem começo, meio ou fim. Teve como discípulo Parmênides.

Segundo Hegel os gregos tinham apenas o mundo sensível diante de si, e não encontravam satisfação nisso. Assim jogavam tudo fora como sendo não verdadeiro, e chegavam ao pensamento puro. O infinito, Deus, é um só, pois se fosse dois haveria a finitude. Hegel identifica a dialética  em Xenófanes, uma consciência da essência, pura, e outra de opinião, uma sobrepondo a outra, indo contra a mitologia grega.

Representada por Pitágoras e seus seguidores ... O que se conhece de Pitágoras pertence mais ao mundo da lenda que à realidade. Defendia uma doutrina mais religiosa do que filosófica. O ponto central de sua doutrina religiosa é a crença na transmigração das almas.

Pitágoras, o fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos pelos anos 571-70 a.C. Em 532-31 foi para a Itália, na Magna Grécia, e fundou em Crotona, colônia grega, uma associação científico-ético-política, que foi o centro de irradiação da escola e encontrou partidários entre os gregos da Itália meridional e da Sicília. Pitágoras aspirava - e também conseguiu - a fazer com que a educação ética da escola se ampliasse e se tornasse reforma política; isto, porém, levantou oposições contra ele e foi constrangido a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto, aí morrendo provavelmente em 497-96 a.C.


Alcmeão de Crotona Filho de Peirithoos, é um dos principais discípulos de Pitágoras. Foi jovem quando seu mestre já era avançado em anos. Seu interesse principal dirigia-se á Medicina, de que resultou a sua doutrina sobre o problema dos sentidos e da percepção. Alcmeão disse que só os deuses tem um conhecimento certo, aos homens só presumir é permitido.

Parmênides de Eléia O acme de sua existência foi por volta de 500 a.C. Foi ele o primeiro a demonstrar a esfericidade da Terra e sua posição no centro do mundo. Segundo ele, existem dois elementos: o fogo e a terra. O primeiro elemento é criador, o segundo é matéria. Os homens nasceram da terra. Trazem em si o calor e o frio, que entram na composição de todas as coisas. O espírito e a alma sao para ele uma única e a mesma coisa. Ha dois tipos de filosofia, uma se refere a verdade e a outra a opinião.
Escola atomista.

Anaxágoras de Clazômenas (Clazômenas, c. 500 a.C. - Lâmpsaco, 428 a.C.), filósofo grego do período pré-socrático. Nascido em Clazômenas, na Jônia, fundou a primeira escola filosófica de Atenas, contribuindo para a expansão do pensamento filosófico e científico que era desenvolvido nas cidades gregas da Ásia. Era protegido de Péricles que também era seu discípulo. Em 431 a.C. foi acusado de impiedade e partiu para Lâmpsaco, uma colônia de Mileto, também na Jônia, e lá fundou uma nova escola.

Escreveu um tratado aparentemente pequeno intitulado Sobre a natureza, em que tentava conciliar a existência do múltiplo frente à crítica de Parmênides de Eléia e sua escola. Afirmava que o universo se constitui pela ação do Nous, conceito que geralmente é traduzido por espírito, mente ou inteligência. Segundo o filósofo, o Nous atua sobre uma mistura inicial formada de sementes que contém uma porção de cada coisa. Assim, o Nous, que é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais, age sobre estas sementes ordenando-as e constituindo o mundo sensível.

Os fragmentos preservados versam sobre: cosmologia, biologia e percepção. Esta noção de causa inteligente, que estabelece uma finalidade na evolução universal, irá repercutir em filósofos posteriores, como Platão e Aristóteles.

Fonte

domingo, 8 de maio de 2011

ATIVIDADE EM GRUPO - 8ºA - 2º BIMESTRE

Esta é uma atividade para ser desenvolvida em grupo, os mesmos grupos que participarão posteiormente de uma aula-seminário em sala de aula.

Nosso objetivo é que o aluno:
Desenvolva o hábito de trabalhar em grupo;
Pesquise e descreva as noções básicas sobre cada conteúdo citado;
Explique as noções por meio de ilustrações.

TEMA /ALUNOS
Alimentos e nutrientes  - Gabriel Curtolo, Pietro e Bruno

Sistema digestório -  Rudson, Gabriel Oliveira e Henrique

Sistema Cardiovascular - Gustavo Bonotto, Abner, Fábio e Igor Irala

Defesas do corpo -  Marco Aurélio, Carlos e Júlia

Respiração -  Geovanny, Ana Paula, Mikael e Thalles

Excreção -  Igor, Felipe e Willian

Alimentação balanceada  - Matheus, Joseane e Larissa

IMC  - Daniella Kesley, Diana e Ricardo

Anorexia  - Milena, Monique e Francielly

Bulimia  - Natalie, Samara e Rayane

Obesidade  - Maria Izabel, Gong Li e Vitória

Anemia  - Madellyne, Dayani e Marcela

ATIVIDADES - 3º ANO A - 2º BIMESTRE - FILOSOFIA

NOÇÕES E CONCEITOS DE CIDADANIA


CIDADANIA

1) Pesquise sobre o significado do termo cidadania e sua aplicação no cotidiano na âmbito politico, social, escolar, trabalho e familiar
2) Por meio de imagens significativas, ilustre cada fase da aplicação do termo cidadania.

 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

COMPONENTE CURRICULAR: SOCIOLOGIA 1º ANO – 2º BIMESTRE - 2011

Como se pode definir o processo de socialização?

A socialização pode ser definida como o processo de aprendizagem e interiorização de normas e valores, característicos de determinado meio social, do qual os indivíduos e os grupos são alvo, tendo assim como objetivo a integração do indivíduo na sociedade.

Inicialmente, quando o ser humano nasce, é apenas um organismo biológico sendo, portanto, um ser culturalmente em branco. Estabelecendo relações com o grupo social que a rodeia, a criança torna-se um ser cultural. Portanto, é possível afirmar que o comportamento do humano tem pouco de instintivo, resultando antes de um processo de aprendizagem. Este processo resulta da interação e comunicação com outros homens na sociedade e pelo legado cultural (material ou imaterial) transmitido de geração para geração.
 Através do contato com os outros indivíduos do ambiente grupal a que pertence, o ser humano adapta o seu comportamento às regras e aos valores implícitos no respectivo contexto social.
 Assim sendo, a socialização não é um ato determinado no tempo, mas, pelo contrário, um processo que decorre ao longo da vida de cada indivíduo.
Geralmente, considera-se a existência de dois tipos de Socialização:
  Primária -  Processo através do qual a criança estabelece relações com os outros elementos da sociedade, tornando-se um membro participante e tendo como principal influência o agente social família.
 Este processo é o mais importante, pois é onde há a criação de uma estrutura fundamental para toda a socialização do indivíduo e é aqui que se centra fundamentalmente o nosso projeto. Visto que estamos a estudar o comportamento das crianças, mais especificamente no seu início de vida, onde os pais têm um papel muito importante no que respeita à assimilação de normas, valores e padrões comportamentais. A família é o primeiro agente de socialização e também o mais importante, pois é na fase inicial da vida das crianças que estas assimilam com mais facilidade os valores que lhes são incutidos, isto porque nessa fase as suas relações baseiam-se nos afetos e, como tal, estas estão mais receptivas (funcionam como esponjas). No entanto, a família partilha cada vez mais a sua importância, como agente de socialização primária, com os infantários, onde as crianças passam a maior parte do tempo..
  Secundária – Processo posterior à socialização primária, por meio do qual o indivíduo aprende novos papéis, contribuindo para a formação complexa da personalidade do indivíduo.
 Este processo pode ser superficial no sentido de não exigir profundas mudanças, mas, por outro lado, também pode comportar grandes alterações na sua personalidade.
 Já sabemos que na socialização primária, a criança estabelece relações com os indivíduos integrantes de determinada cultura. Mas como se desenvolve o intelecto da criança?

 
Jean Piaget, um psicólogo suíço, defendia que a inteligência é constituída progressivamente, desde uma fase inicial, à qual chamou período sensório-motor, até à fase da inteligência operatória formal (conhecimento racional). Definiu quatro estádios de desenvolvimento, sendo estes flexíveis, pois o desenvolvimento do conhecimento em cada ser humano pode demorar mais ou menos tempo, de acordo com a sua cultura e o meio onde está inserido. Para definir essas quatro etapas, utilizou um sujeito epistémico que representa uma classe de indivíduos com o mesmo nível de desenvolvimento e com características parecidas e independentemente daquilo em que estes possam diferir.
 Então, segundo Piaget, a primeira fase é o estádio sensório-motor, que vai dos 0 aos 18 meses, em que o indivíduo ensaia e desenvolve as suas capacidades motoras e sensoriais, manifesta interesse em manipular objetos e falo de acordo com os próprios interesses; é nesta primeira fase que este constrói noções de objeto e de espaço (onde posteriormente saberá procurar e encontrar os objetos); o individuo passa da indiferença que tinha perante o exterior e o próprio corpo ao interesse pelos mesmos.
 A segunda fase, que vai dos 18 meses/ 2 anos aos 5/ 6 anos, chama-se estádio pré-operatório em que se dá o aparecimento da função simbólica na criança, ou seja, ela começa a usar o corpo para expressar aquilo que quer; posteriormente desenvolve a capacidade verbal e vai largando a “função simbólica” que dá lugar à linguagem; a criança já é capaz de interiorizar as ações que realiza; portanto também consegue explicá-las; como já tem a capacidade de interiorização, também consegue assimilar regras e, como tal, respeitá-las, entrando nos jogos; desenvolve cada vez mais um sentido de curiosidade e deixa de ser egocêntrico, entrando na fase dos “porquês”.
Para a realização deste trabalho interessa-nos, somente, o estádio da representação (ou pré-operatório) e o estádio das operações concretas, pois, apenas nestes são analisados os comportamentos da criança em relação a determinados objetos, ou seja, a sua influência no agir das crianças.
É possível concluir que a interação com o que é exterior à criança é um fator bastante importante para o seu desenvolvimento, podendo ser considerado como um dos mais importantes para a sua progressão intelectual. Assim sendo, o ato de brincar  apresenta grande relevância para a criança, pois desenvolve a sua capacidade cognitiva, isto é, a sua capacidade de adquirir conhecimentos e  a sua capacidade de relacionamento com outras pessoas (quando o tipo de brinquedos o permite) sendo estes dois fatores imprescindíveis para um futuro promissor.
  Mecanismos de Socialização
 Para a interiorização da cultura do grupo a que determinado indivíduo pertence (grupo de pertença) ou deseja pertencer (grupo de referência), é necessário recorrer a certos mecanismos, sendo eles os seguintes:
 Aprendizagem, através da qual são incutidos no indivíduo os valores, as regras sociais, consideradas corretas, e os modelos de comportamento do grupo a que o mesmo pertence. Este processo é realizado através de tentativas, cometendo, por vezes, alguns erros e repetições do que é considerado socialmente correto;

Imitação, que consiste na reprodução dos comportamentos observados sendo, assim, copiados;

Identificação, que se processa quando um indivíduo se identifica com outra pessoa que desempenha determinados papéis considerados importantes. Essa identificação faz com que o indivíduo em causa adquira, progressivamente, esses mesmos comportamentos.
 Agentes de Socialização
 Os mecanismos de socialização são postos em ação por um certo número de agentes sociais privilegiados denominados agentes de socialização. É muito difícil separar a parte de actuação que cabe a cada um dos agentes. Eles são:
  • A Família: tem um papel determinante nos primeiros anos de vida. É aí que as crianças adquirem a linguagem e os hábitos do seu grupo social. Estes primeiros anos de formação são muito importantes na vida dos indivíduos. Normalmente, são os pais a adaptar os filhos à sociedade. Mas na sociedade actual é através dos filhos que os pais têm conhecimento de novos factores culturais. No caso das famílias imigrantes, os jovens desempenham um papel fundamental na socialização dos pais pois são as crianças que facilitam a integração dos seus pais.
  • A Escola: permite à criança entrar num meio social novo que vai ter sobre ela uma influência fundamental. Tem várias funções – além de proporcionar à criança instrumentos de trabalho, métodos de reflexão e conhecimentos que lhe vão ser úteis durante toda a vida, impõe-lhe novas regras e uma disciplina que a liberta parcialmente do meio e completa a sua formação, aprendendo a conhecer os outros e o meio que a rodeia.
  • Os Grupos Sociais: durante toda a vida o homem pertence a grupos sociais e outras instituições que continuam a sua socialização. Mas os meios mais eficazes de que a sociedade atual dispõe são os meios de comunicação. 
 A socialização integra todos os domínios da vida do indivíduo. Os hábitos alimentares, as noções de bem e de mal, os comportamentos físicos, as relações com os seus semelhantes, são os resultados adquiridos e conseguidos deste processo.
 A Socialização como processo de transmissão cultural
 O processo de aprendizagem e educação que se desenvolve no homem desde a infância e na cultura à qual pertence designa-se por endoculturação.
Cada indivíduo através do processo de socialização vai adquirindo e interiorizando crenças, comportamentos, modos de vida da sociedade a que pertence. Contudo, ninguém aprende toda a sua cultura mas está, apesar disso, condicionado à transmissão de cultura que se realiza através dos grupos sociais a que pertence. Além disso, o controlo social que a sociedade exerce sobre o indivíduo leva a que ele não se desvie dos actos e comportamentos padronizados.
 Comunidade e Sociedade
 Comunidade e sociedade são as uniões de grupos sociais mais comuns dentro da Sociologia. Sabemos que ninguém consegue viver sozinho e que todas as pessoas precisam umas das outras para viver. Essa convivência caracteriza os grupos sociais, e dependendo do tipo de relações estabelecidas entre as pessoas, esses grupos poderão se distinguir. A comunidade é a forma de viver junto, de modos íntimos, privados e exclusivos. É a forma de se estabelecer relações de troca, necessárias para o ser humano, de uma maneira mais íntima e marcada por contatos primários. Sociedade é uma grande união de grupos sociais marcada pelas relações de troca, porém de forma não-pessoal, racional e com contatos sociais secundários e impessoais. As comunidades geralmente são grupos formados por familiares, amigos e vizinhos que possuem um elevado grau de proximidade uns com os outros. Na sociedade esse contato não existe, prevalecendo os acordos racionais de interesses. Uma diferenciação clara entre comunidade e sociedade é quando uma pessoa negocia a venda de uma casa, por exemplo, com um familiar (comunidade) e com um desconhecido (sociedade). Logicamente, as relações irão ser bastante distintas entre os dois negócios: no negócio com um familiar irá prevalecer as relações emotivas e de exclusividade; enquanto que na negociação com um desconhecido, o que irá valer é o uso da razão. Nas comunidades, as normas de convivência e de conduta de seus membros estão interligadas à tradição, religião, consenso e respeito mútuo. Na sociedade, é totalmente diferente.
 Não há o estabelecimento de relações pessoais e na maioria das vezes, não há tamanha preocupação com o outro indivíduo, fato que marca a comunidade. Por isso, é fundamental haver um aparato de leis e normas para regular a conduta dos indivíduos que vivem em sociedade, tendo no Estado, um forte aparato burocrático, decisor e central nesse sentido. Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa. Quando uma pessoa se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma associação humana. 
Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a estabelecer verdadeiros grupos sociais. Podemos definir que grupo social é uma forma básica de associação humana que se considera como um todo, com tradições morais e materiais. Para que exista um grupo social é necessário que haja uma interação entre seus participantes. Um grupo de pessoas que só apresenta uma serialidade entre si, como em uma fila de cinema, por exemplo, não pode ser considerado como grupo social, visto que estas pessoas não interagem entre si. Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que subjetiva. Outra característica é que estes grupos são superiores e exteriores ao indivíduo, assim, se uma pessoa sair de um grupo, provavelmente ele não irá acabar. Os membros de um grupo também possuem uma consciência grupal (“nós” ao invés do “eu”), certos valores, princípios e objetivos em comum. Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato de seus membros. Os grupos primários são aqueles em que os membros possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família, grupos de amigos, vizinhos, etc. 
 Diferentemente dos grupos primários, os secundários são aqueles em que os membros não possuem tamanho grau de proximidade. Exemplos: igrejas, partidos políticos, etc. Outro tipo de grupos sociais são os intermediários, que apresentam as duas formas de contato: primário e secundário. Exemplo: escola.
 Contatos Sociais
Podemos definir contatos sociais como as formas que os indivíduos estabelecem as relações sociais e as associações humanas. Uma conversa entre duas pessoas, um aperto de mão, um “bom-dia” ou uma consulta médica são exemplos de contatos sociais, que em função deles, irão surgir as relações sociais e os graus de intensidade dessas relações. Evidentemente, as relações estabelecidas entre duas pessoas que se encontram em um lugar para conversar serão muito mais intensas do que aquelas resultantes da conversa entre um médico e um paciente em uma consulta médica. Portanto, existem diferentes tipos de contatos sociais. 
 Os contatos sociais primários se caracterizam por serem pessoais diretos e com uma forte influência emotiva. Estes são os primeiros tipos de contatos que as pessoas estabelecem, originados das relações entre pais e filhos, irmãos, amigos, etc. 
 Os contatos sociais secundários se diferenciam dos primários pelo fato de serem calculados, racionais e sem influências emotivas. Quando alguém vai comprar pão, por exemplo, a pessoa já sabe que vai haver um vendedor ali e que terá que se comunicar com ele. Essa comunicação, extremamente racional, breve, calculada e sem nenhuma carga emocional é classificada como um contato social secundário.
 INTERAÇÃO SOCIAL
Interação Social é a ação social, mutuamente orientada, de dois ou mais indivíduos em contato.Distingue-se da mera interestimulação em virtude de envolver significados e expectativas em relação às ações de outras pessoas.Podemos dizer que a interação social é a relação de ações sociais.
 Fenômeno cuidadosamente estudado pela psicologia social, originando um novo corpo de ciência que buscou descobrir e estudar as leis e as modalidades dos pequenos grupos, o que inclui dinâmica própria, sua origem e fases desenvolvimentais.
 O aspecto mais importante da interação social é que ela modifica o comportamento dos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre eles. Desse modo, fica claro que o simples contato fisico não é suficiente para que haja uma interação social.
 Os contatos sociais e a interação constituem, portanto, condições indispensaveis à associação humana. Os individuos se socializam por meios dos contatos e da interação social; e a interação social pode ocorrer entre uma pessoa e outra, entre uma pessoa e um grupo e outro.
 GRUPOS SOCIAIS
 Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa. Quando uma pessoa se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma associação humana. Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a estabelecer verdadeiros grupos sociais. 
 Podemos definir que grupo social é uma forma básica de associação humana que se considera como um todo, com tradições morais e materiais. Para que exista um grupo social é necessário que haja uma interação entre seus participantes. Um grupo de pessoas que só apresenta uma serialidade entre si, como em uma fila de cinema, por exemplo, não pode ser considerado como grupo social, visto que estas pessoas não interagem entre si. Os grupos sociais possuem uma forma de  organização, mesmo que subjetiva. Outra característica é que estes grupos são superiores e exteriores ao indivíduo, assim, se uma pessoa sair de um grupo, provavelmente ele não irá acabar. Os membros de um grupo também possuem uma consciência grupal (“nós” ao invés do “eu”), certos valores, princípios e objetivos em comum. Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato de seus membros. Os grupos primários são aqueles em que os membros possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família, grupos de amigos, vizinhos, etc. Diferentemente dos grupos primários, os secundários são aqueles em que os membros não possuem tamanho grau de proximidade. Exemplos: igrejas, partidos políticos, etc. Outro tipo de grupos sociais são os intermediários, que apresentam as duas formas de contato: primário e secundário. Exemplo: escola